Conjuntivite: os sintomas, tratamentos e causas

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Visto a grande epidemia de pessoas com conjuntivite em Itapaci e todo o estado de Goiás, o Itapaci Urgente resolveu tirar todas a suas duvidas sobre esta doença. Vamos lá?

O que é Conjuntivite? (Sinônimos: inflamação da conjuntiva)
A conjuntivite é a inflamação da conjuntiva, membrana transparente e fina que reveste a parte da frente do globo ocular (o branco dos olhos) e o interior das pálpebras. Em geral, a conjuntivite ataca os dois olhos, pode durar de uma semana a 15 dias e não costuma deixar sequelas. A conjuntivite pode ser aguda ou crônica, afetar um dos olhos ou os dois (1).

Tipos
A conjuntivite pode ser dividida em três tipos:

Infecciosa
A conjuntivite infecciosa é o tipo mais comum. Essa categoria de conjuntivite é contagiosa, ou seja, é possível passar para outras pessoas pelo ar ou contato com o local. Ela pode acometer um ou os dois olhos e, normalmente, apresenta lacrimejamento, sensação de areia nos olhos, secreção (clara ou amarelada) e hiperemia (olhos vermelhos) (2). A conjuntivite infecciosa pode ser divida em outros tipos:

Conjuntivite viral:
A conjuntivite viral é o tipo mais comum, ela é transmitida por um vírus conhecido como adenovírus. Diferente do que muitos pensam, esse tipo de conjuntivite não é transmitido pelo ar, mas sim pelo contato com as secreções oculares e também através de tosse e espirro do paciente infectado. (3)

Conjuntivite bacteriana:
A conjuntivite bacteriana não é tão comum quanto a viral, porém ela pode ser mais perigosa. Ela é transmitida através do contato pessoal com a bactéria. Portanto, se a pessoa encostar nos olhos ou em algum local contaminado ela será infectada.

Conjuntivite fúngica:
A conjuntivite fúngica é a mais rara entre todos os tipos. Ela ocorre quando uma pessoa machuca os olhos com madeira. Por ser muito difícil de tratar, a conjuntivite fúngica pode causar complicações na visão.

Alérgica
A conjuntivite alérgica é decorrente de alergia, principalmente por ácaro e pólen. Essas se manifestam com olhos vermelhos e coceira ocular e não são contagiosas.

Há quatro formas de conjuntivite alérgica:

  •   Sazonal, geralmente associada à rinite ou asma, que é a mais comum
    – Ceratoconjuntivite atópica, que é associada à dermatite atópica
    – Conjuntivite primaveril
    – Conjuntivite papilar gigante, associada comumente ao uso de lentes de contato.

Tóxica
A conjuntivite tóxica ocorre quando os olhos entram em contato direto com algum produto químico, como produtos de limpeza, shampoos, venenos agrícolas ou inseticida. Esse tipo de conjuntivite também é bastante raro, porém muito perigoso. Quando não tratado da forma correta pode trazer complicações para visão.

Como diferenciar os tipos de conjuntivite?
Os sintomas entre os tipos de conjuntivite são muito semelhantes, portanto, a melhor forma de diferenciar a conjuntivite é através da forma de contágio. Além disso, é essencial procurar um especialista, para que ele possa indicar o tratamento específico, quando antes o tratamento for iniciado menores serão as chances de complicações.

Causas
A conjuntivite pode ser causada por reações alérgicas a poluentes ou substâncias irritantes (poluição, fumaça, cloro de piscinas, produtos de limpeza ou de maquiagem, etc.). A mais comum delas é a conjuntivite primaveril ou febre do feno, geralmente causada por pólen espalhado no ar.

A conjuntivite pode ser causada, também, por vírus e bactérias. Nestes casos, a conjuntivite é contagiosa e pode ser transmitida pelo contato direto com as mãos, com a secreção ou com objetos contaminados.

Fatores de risco
O fator de risco mais comum é colocar as mãos sujas e/ou contaminadas nos olhos.

Além disso, existem doenças que podem predispor o indivíduo à conjuntivite, como herpes, doenças autoimunes ou virais.

Por fim, a baixa imunidade também pode favorecer no surgimento da conjuntivite.

Outros fatores de risco são:

  •   Exposição a algo para o qual você é alérgico (conjuntivite alérgica)
    – Exposição a alguém infectado com a forma viral ou bacteriana da conjuntivite
    – Usando lentes de contato, especialmente uso prolongado.

Sintomas de Conjuntivite
A característica mais marcante da conjuntivite é a vermelhidão nos olhos. Além disso, ela pode apresentar outros sinais como (4):

  • Vermelhidão nos olhos
    Olhos lacrimejantes
    Pálpebras inchadas
    Secreção purulenta (conjuntivite bacteriana)
    Sensação de areia ou de ciscos nos olhos
    Secreção esbranquiçada (conjuntivite viral)
    Coceira
    Fotofobia (dor ao olhar para a luz)
    Visão borrada
    Pálpebras grudadas quando a pessoa acorda.

Buscando ajuda médica
Existem diversas condições que podem causar vermelhidão no olho, podendo provocar dor nos olhos, sensação de que algo está preso em seus olhos, visão turva e sensibilidade à luz. Se você tiver esses sintomas, procure um especialista com urgência.

Faça uma consulta com o seu médico se detectar quaisquer sinais ou sintomas que podem indicar conjuntivite. A conjuntivite pode ser altamente contagiosa, especialmente duas semanas após os sinais e sintomas começarem. O diagnóstico precoce e o tratamento podem proteger as pessoas ao seu redor de ficar com conjuntivite também.

As pessoas que usam lentes de contato precisam parar de usar assim que os sintomas de conjuntivite começam. Se seus sintomas não começam a melhorar nas primeiras 12 a 24 horas, faça uma consulta com seu médico para garantir que você não tenha uma infecção ocular mais grave relacionada ao uso de lentes de contato.

Na consulta médica
Especialistas que podem diagnosticar a conjuntivite são:

Oftalmologista
Alergista Clínico geral.
O médico provavelmente fará uma série de perguntas, tais como:

Quando os sintomas começaram a aparecer?
Os sintomas foram contínuos ou ocasionais?
Quão graves são os seus sintomas?
Alguma coisa melhora os sintomas?
O que parece piorar seus sintomas?
Seus sintomas afetam um olho ou ambos os olhos?
Você usa lentes de contato?
Como você higieniza suas lentes de contato?
Você teve contato íntimo com quem com conjuntivite ou gripe?
Também é importante levar suas dúvidas para a consulta por escrito. Isso possibilita que você consiga respostas para as perguntas antes da consulta acabar. Para conjuntivite, algumas perguntas básicas incluem:

Qual é a causa mais provável da minha conjuntivite?
Quais os tratamentos para a conjuntivite?
Quanto tempo fico contagioso depois de iniciar o tratamento?
Existe uma alternativa genérica ao medicamento que você me prescreve?
Preciso voltar para uma visita de acompanhamento?
Estar preparado para a consulta pode facilitar o diagnóstico e otimizar o tempo. Dessa forma, você já pode chegar à consulta com algumas informações:

Uma lista com todos os sintomas e há quanto tempo eles apareceram
Histórico médico, incluindo outras condições que o paciente tenha e medicamentos ou suplementos que ele tome com regularidade
Se possível, peça para uma pessoa te acompanhar.

Diagnóstico de Conjuntivite
A conjuntivite é diagnosticada através de um exame oftalmológico usando a lâmpada de fenda – uma fonte de luz de alta intensidade que pode ser focada para brilhar como uma fenda. É usada em conjunto com um microscópio e facilita a observação das estruturas frontais do olho humano, que incluem pálpebra, esclera, conjuntiva, íris, cristalino e córnea.

Em alguns casos o diagnóstico pode ser feito também por meio de coleta da secreção para exames.

Exames
Para concluir o diagnóstico da conjuntivite, podem ser realizados alguns exames como:

Exame físico durante a consulta
Exame laboratorial para analisar a secreção.

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