O cantor Gusttavo Lima acaba de dar mais um importante passo rumo a inocência. Um parecer, assinado por cinco procuradores do Grupo de Inteligência do Ministério Público (Gaeco) apontou insuficiência de provas e fragilidades nas acusações feitas pela polícia civil de Pernambuco contra o sertanejo dentro do âmbito da Operação Integration.
Vale recordar que, após a juíza da 12ª Vara Criminal, Andrea Calado da Cruz, emitir um mandado de prisão preventiva contra o cantor, o MP se posicionou de forma contrária e chegou a pedir a liberdade de todos os investigados na Operação. Além disso, o órgão responsável por apresentar denúncias contra os envolvidos nas suspeitas também se colocou contra medidas cautelares como o bloqueio de bens.
No parecer assinado, o Ministério Público aponta que há, em todos os alvos de suspeita na Operação possuem aparente origem lícita de recursos.
“A mera apreensão desses valores no cofre da empresa, desprovida de informações que indiquem sua origem, não implica na conclusão de que são provenientes de jogos ilegais da Esportes Entretenimento Promoção de Eventos e da Pix Soluções Tecnológicas”, diz o documento.
O MP diz também não haver aparente irregularidade na venda da aeronave da Balada Eventos, empresa de Gusttavo Lima: “(..) no que diz respeito ao recebimento dos valores de R$ 4.947.400,00 e R$ 4.819.200,00, provenientes da empresa HSF Entretenimento e Promoção de Eventos Eireli (Esportes da Sorte), no próprio relatório conclusivo da investigação, reconhece-se que decorrem da compra da Aeronave Cessna Aircraft, modelo 560XLS, matrícula PR-TEN”
O órgão também defendeu a inexistência de irregularidades no que se refere aos valores apreendidos no cofre da Balada Eventos: “A respeito desses valores, a Autoridade Policial se limitou a asseverar que a Balada Eventos e Produções ocultou valores provenientes dos jogos ilegais da Esportes Entretenimento Promoção de Eventos e da Pix 365 Soluções Tecnológicas ao guardar em cofre da empresa R$ 112.309,00; € 5.720,00; £ 5.925; e US$ 1.005,00. E a colacionar imagens do momento da apreensão. Contudo, a mera apreensão desses valores no cofre da empresa, desprovida de informações que indique sua origem, não implica na conclusão de que são provenientes de jogos ilegais”.
Por fim, o parecer assinado pelos promotores também defende que o caso que envolve a investigação a Gusttavo Lima e a casa de apostas Vaidebet deveria estar no âmbito da Justiça da Paraíba, e não de Pernambuco, uma vez que a sede da empresa é localizada em Campina Grande.