Governo diz ter excluído do CadÚnico 603 mil pessoas que estavam mortas há mais de um ano

Governo diz ter excluído do CadÚnico 603 mil pessoas que estavam mortas há mais de um ano

O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social informou nesta quarta-feira (7) que excluiu do Cadastro Único do governo federal, ao longo de 2023, 603 mil pessoas que já haviam morrido há mais de um ano.

Conhecido como CadÚnico, o cadastro é considerado a porta de entrada para diversos programas sociais do governo federal, entre os quais o Bolsa Família – principal ação do governo na área –, o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e a Tarifa Social de Energia Elétrica, por exemplo.

Segundo o governo, desse total de 603 mil pessoas, 21 chegaram a receber pagamentos do Bolsa Família mesmo após terem morrido. O ministério não informou a quantia paga a essas pessoas.

Em março do ano passado, o governo iniciou a fase de revisão cadastral do programas sociais. O anúncio aconteceu em meio ao aumento de beneficiários em 2022 – ano eleitoral – e de indícios de irregularidades, com benefícios pagos a pessoas que não atendiam aos critérios exigidos.

De acordo com membro do governo Lula, o objetivo da revisão é evitar que pessoas recebam o benefício de maneira irregular e garantir que haja recursos para os pagamentos a quem efetivamente precisa.

Ao longo do ano passado, segundo o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, também foram excluídas 1,7 milhão de famílias unipessoais – isto é, formadas por uma única pessoa.

Não há restrição para que essas famílias recebam o Bolsa Família, mas há regras a serem seguidas, entre as quais, não dividir a residência com outras pessoas.

Desde o ano passado, o governo federal já havia informado que encontrou casos em que mais duas, três, até quatro pessoas recebiam o benefício na categoria família unipessoal.

Meta para 2024
De acordo com o ministério, a meta para 2024 é fazer a atualização cadastral de cerca de 7 milhões de beneficiários.

A pasta afirma que vão passar pela revisão as famílias que apresentem:

  • dados desatualizados (cuja última atualização tenha acontecido em 2019, 2020 ou 2021);
  • inconsistências na renda declarada;
  • inconsistências na composição familiar declarada;
  • divergências nas informações declaradas ao CadÚnico.

Quem pode receber o Bolsa Família?
Pelas regras atuais do programa, tem direito ao Bolsa Família a pessoa:

  • cuja renda per capta familiar seja de no máximo R$ 218;
  • inscrita no CadÚnico com os dados atualizados conforme calendário estabelecido pelo governo.
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Raphaell Feitosa

Goiano, 33 anos, Casado, Pai, Redator e CEO do Portal Itapaci Urgente.