José Ribeiro da Silva de 62 anos que estava internado no Hospital Estadual do Centro-Norte Goiano (HCN), em Uruaçu foi dado como morto na terça-feira (29), mas a família descobriu que ele estava vivo quando o idoso foi encaminhado para a funerária. A unidade de saúde chegou a emitir um atestado de óbito informando que a causa da morte tinha sido em consequência de um câncer na língua.
“É inacreditável o que aconteceu, meu irmão passou cinco horas em um saco plástico, gelado. Foi horrível, é inadmissível uma situação dessas”, contou a irmã de José, Aparecida Ribeiro da Silva.
O HCN informou que teve conhecimento do caso na manhã desta quarta-feira (30) e que o médico que constatou erroneamente o óbito foi afastado. Uma sindicância foi instaurada para apurar a situação.
“O diretor técnico do HCN foi para Rialma, cidade do paciente que estava em tratamento paliativo oncológico no hospital, para prestar assistência e dar apoio ao mesmo e aos familiares”, diz a nota do hospital.
A irmã de José conta que recebeu a notícia da morte dele por volta das 20h. Ela foi ao hospital, onde um médico e uma assistente social a receberam. A família, então, fez os procedimentos para a liberação do corpo, sem saber que ele estava vivo.
José teve o corpo colocado dentro de um saco usado para remoção de pessoas mortas e levado pela funerária para Rialma, cidade natal da família, que fica a cerca de 100 km de distância de Uruaçu. Quando o saco foi aberto para que o homem fosse preparado para velório e enterro, funcionários perceberam que José estava vivo, com olhos abertos e respirando com dificuldade.
“O funcionário da funerária me ligou desesperado pedindo para que eu fosse lá, que meu irmão estava vivo”, disse a irmã.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi chamado e constatou que ele estava vivo. O idoso foi encaminhado para o Hospital de Rialma. O portal tentou contato com a unidade de saúde, mas não teve retorno sobre o estado de saúde de José até a última atualização dessa reportagem.
A família conta que, após o caso, não procurou novamente o hospital de Uruaçu. A irmã de José foi à delegacia nesta manhã para registrar um boletim de ocorrências.