GO: Assembleia Legislativa aprova projeto que proíbe “ideologia de gênero” em escolas

GO: Assembleia Legislativa aprova projeto que proíbe “ideologia de gênero” em escolas

Deputados aprovaram um projeto que proíbe que escolas de Goiás abordem temas ligados àideologia de gênero”.

Um parecer do Conselho Estadual de Educação apontou, durante a tramitação do texto na Assembleia Legislativa, que a medida vai contra a legislação nacional e a liberdade de ensino sobre tópicos da vida social.

O projeto de lei foi apresentado inicialmente em fevereiro de 2019 pelo deputado Henrique César (PSC). Ele estabelecia a proibição, tanto na rede pública quanto privada, conteúdos que abordem “ideologia de gênero dentro ou fora da sala de aula” e “orientação sexual de cunho ideológico e seus respectivos derivados”.

A proposta, agora, segue para análise do governador Ronaldo Caiado (União Brasil), que pode aprovar ou vetar o texto. A assessoria do governo informou que o texto será analisado pelas áreas técnicas.

Segundo a propositura, o planejamento educacional deveria “abordar matérias que garantam a neutralidade ideológica, respeitando os direitos das famílias e dos educandos, a receberem a orientação sexual de acordo com as convicções morais de seus pais ou responsável legal”.

O Conselho Estadual de Educação criticou o texto, com explicações sobre os termos. No pronunciamento, o colegiado destacou que “identidade de gênero não é a mesma coisa que sexo biológico e orientação sexual”. Além disso, de acordo com o conselho, “algumas pessoas podem não se identificar com o sexo com o qual nasceram”.

“A ciência defende que a causa pode ser genética, hormonal ou social. Identidade de gênero é como a pessoa se reconhece, diferentemente de orientação sexual, que se refere a sexualidade da pessoa, e a quem ela sente atração afetivo-sexual”, diz um trecho do documento.

Diante disso, o então deputado Diego Sorgatto (União Brasil), que atualmente é prefeito de Luziânia, propôs um substitutivo ao projeto, mudando uma lei já existente sobre as bases e diretrizes do sistema educativo.

A matéria aprovada aponta que os conteúdos educacionais devem respeitar “convicções do aluno, de seus pais ou responsáveis, tendo os valores de ordem familiar precedência sobre a educação escolar nos aspectos relacionados à educação moral, sexual e religiosa”.

A alteração inclui ainda que “a educação não desenvolverá políticas de ensino, nem adotará currículo escolar, disciplinas obrigatórias, nem mesmo de forma complementar ou facultativa, que tendam a aplicar a ideologia de gênero, o termo “gênero” ou “orientação sexual”.

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Raphaell Feitosa

Goiano, 33 anos, Casado, Pai, Redator e CEO do Portal Itapaci Urgente.