A conta de luz vai ficar mais pesada a partir deste sábado (1º/7). A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou na sexta-feira que a bandeira tarifária vai passar da verde, que vigorou em junho, sem cobrança extra, para amarela em julho, com acréscimo de R$ 2 a cada 100 quilowatts/hora (kWh) consumido. A justificativa do órgão regulador é que houve aumento do custo de geração de energia elétrica.
Segundo o relatório do Programa Mensal de Operação (PMO) do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o valor da usina térmica mais cara em operação é de R$ 237,71 por megawatt/hora (MWh), o que determina o acionamento da bandeira amarela. Para manter bandeira verde, o Custo Variável Unitário (CVU) da última usina a ser despachada teria de ser inferior a R$ 211,28/MWh.
Conforme a consultoria Thymos Energia, a falta de chuvas nos últimos dias de junho nas regiões Sul e Sudeste reduziram o volume de água para geração hidrelétrica, o que foi preponderante para definir a troca da bandeira tarifária. A análise da Thymos avalia que, com menos água, maior será a geração de energia termelétrica, com impacto no Custo Marginal da Operação (CMO). “Entendemos que a decisão foi prudente”, disse João Carlos Mello, presidente da consultoria.
A sinalização amarela é acionada nos meses em que o valor do CVU da última usina a ser despachada for igual ou superior a R$ 211,28/MWh e inferior a R$ 422,56/MWh. A partir disso, é acionada a bandeira vermelha, que tem dois patamares: o primeiro, com termelétricas gerando a um custo de até R$ 610/MWh; e o segundo, quando o CVU for superior a R$ 610/MWh. Respectivamente, o efeito nas faturas é de R$ 3 e de R$ 3,50 a cada 100 kWh.