A situação do presidente interino, Michel Temer (PMDB), não está das melhores. Após ser citado pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado como integrante de esquema de propina que beneficiou campanhas políticas, a revista VEJA divulga a primeira pesquisa de avaliação do governo temporário.
Segundo o Instituto Paraná, 55,4% dos brasileiros reprovam o primeiro mês da administração peemedebista. Apenas 36,2% se disseram satisfeitos. O índice de rejeição de Temer é maior na Região Nordeste (64,7%) e entre os mais pobres (58,2%).
Mesmo no Sul do País, a aprovação de Temer não chega a 50%. Segundo informa o instituto, 44,2% dos moradores dos três Estados sulistas têm uma visão positiva do governo interino.
O levantamento foi realizado entre os dias 11 e 14 de junho, em 162 cidades de 24 Estados brasileiros. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
A pesquisa uniu os resultados obtidos no Centro-Oeste e no Norte. Com isso, no quadro que engloba os resultados de Goiás, Temer é rejeitado por 54% dos entrevistados, enquanto 38,6% o aprovam.
Comparação:
O desempenho do presidente interino Michel Temer é, para 52,7% dos entrevistados, igual ao esperado. Ou seja, atende a expectativa de mais da metade da população. Já 23,3% disseram que o peemedebista está pior do que imaginavam, enquanto 18,6% se mostraram surpresos positivamente.
Quando se compara Temer à presidente eleita, Dilma Rousseff (PT), 48,8% dos brasileiros acham que a administração do peemedebista é igual à da petista. 28,9% dizem que ele está indo melhor e 16,9%, pior.
No que diz respeito à economia, o afastamento de Dilma não deve trazer mudanças significativas para 44,6% dos entrevistados. Eles acham que a crise econômica e política vai permanecer como está. 33,2% estão mais confiantes, enquanto 19,3% temem um aprofundamento da recessão.
OPINIÃO DO ITAPACI URGENTE :
Sai Dilma, entra Temer; coxinhas e mortadelas ainda batem boca país afora; e a Lava Jato continua a acabar com a tranquilidade dos políticos, sejam eles de direita ou de esquerda. A sensação de que o país encontra-se estagnado em uma crise interminável. Tanto que a maioria dos entrevistados reprova o governo Michel Temer (como também desaprovava a gestão Dilma) e acredita que o Brasil trocou seis por meia dúzia ao ter um novo mandatário no Palácio do Planalto. Outro dado que chama a atenção é a altíssima rejeição à volta do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao poder.