O desemprego voltou a subir no Brasil após dez recuos consecutivos, saindo de 7,9% no trimestre encerrado em dezembro de 2022 para 8,4% no trimestre terminado em janeiro deste ano, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada na última sexta-feira (17/3) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Apesar da elevação, quando observado apenas o trimestre encerrado em janeiro, de forma isolada, trata-se da taxa mais baixa para esse período desde o ano desde 2015, quando estava em 6,9% no mesmo período de tempo. “A pesquisa confirma a tendência de piora que esperávamos na desocupação e mostra os efeitos da desaceleração da economia no emprego”, avaliou Claudia Moreno, economista do C6 Bank, em comentário.
De acordo com os dados, o país registrou uma extinção de 1,025 milhão de vagas no mercado de trabalho em relação ao trimestre encerrado em outubro de 2022. A população ocupada somou 98,636 milhões de pessoas no trimestre encerrado em janeiro de 2023.
A piora nos índices do emprego, de novembro a janeiro de 2023, coincide com o período pós-eleitoral, após a vitória e posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Economistas esperam no próximos dias que o Governo Federal apresente a nova âncora fiscal, que vai substituir o teto de gastos e servir de referência para a política econômica da gestão federal.