Um genro de Luzia Elias de Souza, de 72 anos, é procurado pela Polícia Civil como principal suspeito de matá-la a facada na casa dela, em Itapuranga, na região central de Goiás. Filipe Dias Araújo Parreira, de 37 anos, fugiu desde o dia do crime, em 18 de setembro deste ano, e por isso a Justiça decretou a prisão dele, nesta semana.
A delegada que investiga o caso, Giovana Sas Piloto, disse que qualquer informação sobre o paradeiro de Filipe Araújo pode ser denunciada por meio dos telefones 197, (62) 3312-1105, ou pelo whatsapp (62) 98593-6518 (foto acima).
Como o suspeito está foragido, o portal não o localizou nem a sua defesa para se manifestar sobre o caso até a última atualização desta reportagem.
Luzia Elias tem duas filhas: Sinara Elias de Souza, que mora a 160 km da cidade, em Goiânia, e Siara Juliana, que morava com ela, em Itapuranga. O suspeito era companheiro de Siara. Segundo a polícia, a mulher era agredida por ele até quando esteve grávida. A bebê deles nasceu há 1 mês.
“A idosa não queria o relacionamento. Já tinha até inquérito por Lei Maria da Penha, então havia desavença. Na noite do crime, a PM foi chamada e tirou ele da casa. Depois, no outro dia ela apareceu morta. Desde então ele fugiu da cidade e foi decretada a prisão“, esclareceu Giovana Sas.
Ameaça de morte
Filha da idosa, Sinara Elias contou que a última briga entre Filipe Araújo e sua mãe foi em 17 de setembro, um dia antes de ela ser achada morta com uma faca no peito, caída na sala de casa.
“Sempre brigavam. Ele bebia o dia todo. Ele começou a agredir ela [irmã] fisicamente, mesmo grávida. Foram várias ocorrências até que ela resolveu registrar uma ocorrência por Maria da Penha, em julho”, contou Sinara Elias.
Segundo a filha da idosa, a mãe tentou intervir na última briga e chamou a Polícia Militar. Os policiais foram até a casa, abordaram o homem e o tiraram de casa. Mas Filipe Araújo ameaçou voltar e matar a sogra.
Luciano dos Santos, que é casado com Sinara Elias, disse que a sogra sempre foi uma pessoa de coração grande e prestativa com o próximo.
“A dona Luzia sempre foi uma pessoa ímpar. Desde que comecei o relacionamento com a minha esposa, há 9 anos, ela sempre nos apoiou e ajudou. Era uma pessoa de coração grande”, lamentou o genro.
Sinara também teve um filho recentemente e diz que dói muito o fato de a mãe não ter conhecido o neto.
“Era o sonho dela ver o primeiro neto. Quero que faça justiça. Não quero que minha mãe seja só mais um processo que não dá em nada”, desabafou Sinara.