A Polícia Civil recuperou 18 bezerros da raça nelore comprados com cheques sem fundos pelo homem considerado o maior estelionatário do Norte goiano. Paulo Roberto Dias Mendes foi preso pela segunda vez no último dia 15 de junho. Os animais estavam em uma fazenda que fica a cerca de 20 km de Mara Rosa. Avaliados em R$ 34 mil, os bezerros foram revendidos para um fazendeiro da cidade e recuperados na quarta-feira (22).
Segundo o delegado Sandro Costa, responsável pela investigação, o produtor rural que vendeu os animais procurou a delegacia após acompanhar as notícias sobre a prisão de Paulo Roberto e informou que havia feito uma negociação de 18 cabeças de gado, mas os cheques recebidos como forma de pagamento não tinham fundos.
“O sujeito (produtor rural/vítima) negociou 18 bezerros ao valor de R$ 34,8 mil com uma entrada de R$ 4,8 mil, mas o restante foi diante da emissão de cheques sem fundos. O sujeito identificou que o homem com quem negociou era na verdade um estelionatária que agia na região. Conseguimos localizar as 18 cabeças de gado, fazer a apreensão e a restituição em deposito para a vítima até a conclusão do inquérito policial”, afirma o delegado.
O delegado afirma que irá investigar se o fazendeiro que comprou os bezerros sabia da origem dos animais quando efetuou a cobra.
Prisão do maior estelionatário do norte goiano
Paulo Roberto foi preso pela primeira vez em abril de 2021, no município de Campinorte, por fazer pagamentos falsos na compra de diversas mercadorias em comércios da cidade. Pneus, celulares, materiais para construções e os mais variadores objetos eram adquiridos por meio de transferências bancarias falsas e em seguida, revendidos pelo estelionatário.
Na época, havia mais de 20 boletins de ocorrência contra ele em Mara Rosa, Porangatu, Uruaçu e Campinorte, além dos estados do Maranhão e Tocantins.
Em liberdade esse ano, Paulo Roberto voltou a praticar os crimes nos mesmos municípios, mas no lugar de transferências bancarias e apresentação de comprovantes falsos, ele usou cheques sem fundo.
Para ganhar a confiança das vítimas, o estelionatário se apresentava como filho de um fazendeiro de soja e andava em um carro de luxo para auxiliar na farsa. Paulo Roberto não soube esclarecer a procedência do veículo, que foi apreendido no dia em que a prisão foi efetuado.