A vereadora do município de Santa Terezinha de Goiás, Maria Aparecida da Silva, gerou grande polêmica nesta semana, após ter um aúdio ‘vazado’ chamando as professoras da cidade de “prostitutas e analfabetas“.
“Se essas prostitutas, analfabetas da educação, falarem de mim. Você se lembra daquele projeto há 5 anos que o Marcos mandou dando só 2%, e eu mesma peguei o projeto e levei, e você falou: ‘Tita, você tem muita coragem, coragem!’. Levei, e ele chegou a 13%. Hoje foi o inverso, elas dizem que eu estou contra elas, mas não. Toda vida eu estive do lado, protegendo”, disse a parlamentar, no áudio.
O projeto ao qual a vereadora se refere é de aumento salarial de professores da rede municipal. A vereadora teria gravado o áudio ao saber que professores reclamaram do índice de 10% aprovado pela Câmara, conforme proposto pelo município. A categoria queria 33% de reajuste, como concedido pelo governo federal para o piso nacional do magistério.
Ouça áudio, abaixo:
PARLAMENTAR ARREPENDIDA:
A vereadora disse que está arrependida e que vai se retratar com as servidoras.
Segundo Maria Aparecida, o áudio foi vazado por uma amiga ex-vereadora. “Aquilo foi uma fala como amiga, como uma comadre, e ela fez aquela maldade”, disse. Segundo ela, o município não tem orçamento para cumprir o piso nacional de 33% concedido pelo governo federal aos professores e espera verba do Ministério da Educação (MEC).
“Foi dessa forma, usando esse pronunciamento desagradável, mas eu quero sim retratar, peço perdão. Eu me arrependi porque a palavra foi muito agressiva, realmente, mas eu vou pedir desculpas na hora exata eu vou me retratar com elas”, disse a parlamentar de Santa Terezinha.
Sindicato vai exigir desculpas
A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego), Maria Euzébia de Lima, disse que vai exigir que a vereadora peça desculpas, publicamente, a todos os profissionais do setor e, se necessário, ingressar com ação judicial para exigir danos morais.
“Vou abrir um processo contra a vereadora, para ela se explicar, publicamente, e se retratar, pedindo desculpas à Educação. Tratar professores dessa forma desrespeitosa é inadmissível, sobretudo, por parte de uma pessoa que possa ser considerada autoridade do município”, afirmou a presidente do Sintego.
CÂMARA DE VEREADORES:
Em nota, o presidente da Câmara Municipal, Moisés de Morais Pinto, repudiou as falas da colega de câmara e diz não compactuar com as palavras ofensivas destinadas ao pessoal da educação.