MP diz que municípios não têm autonomia para descumprir decreto estadual de fechamento do comércio

MP diz que municípios não têm autonomia para descumprir decreto estadual de fechamento do comércio

Em coletiva de imprensa realizada na última quarta-feira (17), o procurador geral do estado de Goiás, Aylton Vechi, afirmou que os municípios não tem autonomia para descumprirem o decreto estadual, que estabeleceu o fechamento de atividades comerciais de forma intermitente por 14 dias. Vechi ressaltou, entretanto, que a questão só será judicializada se houver resistência no cumprimento das novas normas.

“Não há espaço para que os municípios flexibilizem mais do que o que está estabelecido pelo decreto estadual” disse o procurador. “Essa é uma premissa que não depende de uma decisão judicial para que se reconheça a autoridade do decreto estadual. A questão só será judicializada se houver resistência”.

O procurador afirmou ainda que, antes que municípios sejam alvo de ações na justiça, o governo do estado pode tomar as ações administrativas. Apesar disso, ressaltou que tem informações de que o decreto será cumprido na maioria das cidades.

“O Ministério Público, como responsável pelo enfrentamento da covid, pode agir, e assim agirá. [O decreto] maciçamente será seguido pelos municípios, mas sabemos que é possível que algum saia desse exercício de coordenação para tratar dessa questão tão grave. Se isso acontecer, temos todas medidas administrativas e judiciais”.

Vechi também comentou a situação de Aparecida de Goiânia e de Pirenópolis, que adotaram medidas mais flexíveis de combate à pandemia. No primeiro caso, a prefeitura publicou uma nota afirmando que o modelo de escalonamentodo comércio adotado no município se assemelha ao Decreto Estadual. A nota foi publicada depois que a Polícia Militar (PM) circulou pela cidade solicitando o fechamento dos estabelecimentos. Para o procurador, a atuação policial foi correta e está amparada pela lei.

O estado tem o poder de polícia. Esse poder é o de fiscalização sobre as medidas que ele adota. Então é perfeitamente possível. Agora é preciso salientar que isso precisar estar dentro dos parâmetros da lei. A atuação da polícia não pode exorbitar os limites da lei”, disse o procurador.

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Raphaell Feitosa

Goiano, 33 anos, Casado, Pai, Redator e CEO do Portal Itapaci Urgente.