Após aumento de 9,8% no preço do gás de cozinha de 13 kg anunciado pela Petrobrás, entrou em vigor na última terça-feira (21), e o valor do botijão, com o frete, pode chegar a R$ 70, em Goiás.
O presidente do Sindicato das Empresas Revendedoras de Gás da Região Centro-Oeste (Sinergás), Zenildo Dias do Vale, esclarece que o aumento veio das refinarias, mas deve ser passado para o consumidor.
“O aumento anunciado pela Petrobrás foi nas refinarias. Eles passam para as engarrafadoras, que passam para as distribuidoras, que passam para o consumidor. Se somado o valor do frete, o prelo pode chegar a até R$ 70”, esclareceu.
Ainda conforme o presidente, a variação dos botijões de gás era de R$ 58 a R$ 62 antes do aumento. Após o repasse, o gás de cozinha de 13 kg pode variar entre R$ 64 e R$ 66. O aumento não é aplicado nos botijões de tamanho industrial.
O dono de uma revendedora de gás de cozinha na capital, Henrique Junqueira, explica que vai precisar passar o reajuste integral para o consumidor. “Como eu vou receber em torno de R$ 5 de aumento, a tendência é repassar os R$ 5”, explicou.
A funcionária pública Maria Divina do Nascimento vende carnes recheadas. Ela conta que, com o aumento no preço do gás, vai precisar reduzir o número de vezes que cozinha em casa e como entrega as encomendas.
“O arroz a gente faz e a tarde esquenta. Vou tentar diminuir as vezes que cozinho feijão. Antes eu entregava a carne pronta, fazia, recheava e entregava. Hoje eu só faço congelada e as pessoas fazem em casa”, disse.
O último aumento autorizado pela Petrobrás nas refinarias foi de 15% em setembro de 2015. O reajuste mais recente, no entanto, foi em 2016, quando as revendedoras acresceram em 12% o preço do produto para cobertura de custos e aumento dos salários dos trabalhadores no setor. (Informações G1/Goiás.com)