Professores da rede estadual de Goiás decidiram na última quarta-feira (8) pela deflagração de uma greve geral a partir da próxima quarta (15). A decisão foi tomada em reunião em frente à Assembleia Legislativa e o motivo principal é a proposta de reforma da Previdência Social proposta pelo governo federal.
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego), cerca de 2 mil pessoas participaram do ato, neste Dia Internacional da Mulher, contra as mudanças nas regras para aposentadoria. A manifestação foi encerrada com o encontro dos movimentos sindicais de diversas categorias na Praça do Bandeirante, no Centro da cidade.
De acordo com a presidenta do Sintego, Bia de Lima, o ato foi um chamamento à população para esclarecer sobre os riscos que estão por trás da Reforma da Previdência apresentada pela União por meio da PEC 287. “É inadmissível que se pense em retirar a aposentadoria especial dos professores e das professoras. Além de desumano é uma afronta, principalmente às mulheres que além dedicarem parte da vida à educação, também respondem pelas atividades do lar, o que sobrecarrega de forma sistemática tanto o físico como o psicológico destas profissionais, tornando inaceitável a permanência de uma professora dentro da sala de aula aos 65 anos”, pontuou.
Além da rejeição à Reforma da Previdência, a pauta dos professores inclui também o pagamento do piso da categoria e o pagamento da data-base dos administrativos. Os servidores ainda reivindicam aumento salarial aos trabalhadores temporários que estão há três anos sem reajuste e regularização no atraso do pagamento do vale-transporte.
A assessoria de imprensa da Secretaria de Estado da Educação, Cultura e Esporte (Seduce) foi procurada pela reportagem, mas informou que a pasta não vai se manifestar sobre o assunto por enquanto.
Conforme a assessoria de imprensa do Sintego, uma nova assembleia nesta sexta-feira (10) vai definir se os professores da rede municipal de Goiânia também vão aderir à paralisação.
Créditos: emaisgoiás.com