A Asma é uma doença inflamatória crônica que leva à resposta exagerada dos brônquios a estímulos como agentes irritantes, fatores climáticos e emocionais. Contraídos, os bronquíolos (pequenos canais de ar dos pulmões) limitam o fluxo de oxigênio, causando falta de ar e chiado no peito. Diferentemente da Bronquite, a asma não tem cura, mas pode ser controlada. O tratamento é para a vida toda, porém seguindo as recomendações médicas, é possível reduzir as crises. Além disso, Segundo dados da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), a asma atinge mais de 22 milhões de brasileiros.
Uma doença inflamatória nos brônquios que torna os pulmões mais sensíveis, reagindo ao menor sinal de irritação, a asma atinge cerca de 300 milhões de pessoas no mundo, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). O distúrbio, que engloba desde crianças até idosos, possui origem genética, tendo seus sintomas intensificados por fatores ambientais como poeira, vírus (gripe), etc.
Por mais que tenha uma base genética, o que significa que o paciente nasce com uma predisposição para o desenvolvimento da doença, a sua ocorrência depende muito da interação do indivíduo e o meio ambiente. A manifestação do problema dependerá da exposição a diversas substâncias que estão em suspensão no ar e podem desencadear o processo alérgico, aquele que conhecemos como sensibilização, como ácaros, mofo, poeira e pele de cão e gato.
Sintomas: chiado e aperto no peito; tosse seca, especialmente à noite e pela manhã, ao despertar; falta de ar e respiração ofegante. É mais comum que os sinais apareçam na infância, porém as crises podem aparecer só na vida adulta. Os sintomas podem ser leves e se manifestarem esporadicamente ou surgirem com mais frequência, com crises com mais de duas vezes por semana. A seguir, conheça os intensificadores do problema, indicados pela Associação Brasileira de Asmáticos (ABRA).
Alergia: a poeira encontrada em casa e os ácaros ambientais tendem a se tornar agravantes para o problema.
Infecções: principalmente as causadas por vírus (como gripes e resfriados) são apontadas como importantes gatilhos para as crises.
Exercícios físicos: algumas pessoas que sofrem da doença podem apresentar crises após a atividade física, como em uma corrida ou uma partida de futebol, necessitando de medicação.
Irritantes: perfumes, ar frio, poluição, entre outros gases podem irritar a via respiratória.
Fumaça de cigarro: segundo a OMS, o tabagismo é a maior causa evitável de morte do mundo, matando anualmente 5 milhões de fumantes no planeta, sendo 200 mil no Brasil. O hábito de fumar ainda tende a piorar as crises de asma, visto que a fumaça possui substâncias tóxicas que irritam a mucosa respiratória de quem sofre da doença. Outro problema é a inalação passiva, que acontece quando a pessoa não fuma, porém inala a fumaça de outros fumantes.
Medicamentos: alguns remédios podem aumentar as chances de crise da asma. Aspirina e outros anti-inflamatórios são alguns exemplos.
Aspectos Emocionais: é comum em algumas pessoas que em um momento do estresse, por exemplo, desenvolvam a crise de asma.
Refluxo gastroesofágico: pessoas que sofrem com o refluxo de alimentos tendem a ter as crises de asma agravadas.
Tipos de Asmas: Para classificar a gravidade da sua asma, o seu médico considera a análise clínica juntamente com os resultados de seus exames. Determinar o quão grave é sua asma auxilia o médico a escolher o melhor tratamento. Além disso, a gravidade da asma pode alterar com o passar do tempo, necessitando um reajuste da medicação. A asma é classificada em quatro categorias gerais:
Grau 1: sintomas leves e intermitentes até dois dias por semana e até duas noites por mês, em geral com predomínio dos sintomas no inverno, por exemplo.
Grau 2: sintomas persistentes e leves mais do que duas vezes por semana, mas não mais do que uma vez em um único dia
Grau 3: sintomas persistentes moderados uma vez por dia e mais de uma noite por semana
Grau 4: sintomas graves persistentes ao longo do dia na maioria dos dias e frequentemente durante a noite.
Diagnóstico: Realizado com avaliação clínica e exames adicionais. Se o paciente for criança, é importante que os pais fiquem atentos à duração dos sintomas, frequência, horários em que se manifestam e anotar qualquer medicamento usado e as reações, já que é o adulto o responsável por explicar as condições da criança. Podem ser pedidos exames como a espirometria, que avalia a função respiratória.
Tratamento Para Asma: Embora a exposição a fatores ambientais que causem alergia (ácaros, pelos de animais, cigarro) desencadeie as crises de asma, problema parte de uma predisposição genética – por isso mesmo, quem tem pai ou mãe asmáticos deve ficar alerta. Sendo assim, o problema não tem cura. Porém, isso não significa que seus portadores não podem levar uma vida normal. Para tanto, várias medidas comportamentais precisam fazer parte do cotidiano: evitar em casas cortinas e tapetes que acumulem poeira, beber muita água, não fumar, praticar esportes que fortaleçam a musculatura respiratória (a natação é uma ótima pedida) e, claro, manter distância dos agentes causadores das crises.
Medicamentos também podem vir a ser empregados, dividindo-se em duas categorias: em uma, estão os remédios dilatadores dos brônquios, mais indicados para momentos de crise; na outra, se encontram os remédios de propriedades anti-inflamatórias, próprios para manutenção e prevenção. No segundo caso, têm melhor efeito as substâncias ministradas por inalação, graças as bombinhas. Que são aliadas valiosas, mas nem sempre bem vistas:
Atualmente trabalhamos com diferentes medicamentos por meio das bombinhas. São diferentes broncodilatadores e corticoides por via inalatória. Dessa maneira, aumentamos a concentração do medicamento nos pulmões e temos menos efeitos colaterais. É muito importante entender que a bombinha não mata ou mesmo vicia. Isso é um conceito errado. Além disso, É muito importante que, uma vez que a doença esteja controlada, o paciente não descuide do tratamento e nem modifique-o por conta própria.
Fonte: saudedica.com