Imagine contrair febre tifoide de propósito para ganhar, em contrapartida, R$ 16,6 mil.
Foi o que fez a estudante britânica Siân Rogers.
A jovem de 22 anos aceitou ser infectada pela doença como parte de um estudo clínico que vai durar um ano.
Como contrapartida, ela vai ganhar 3 mil libras.
Depois do que ela descreveu como duas semanas “muito intensas”, tudo o que ela precisa agora é um check-up eventual.
Siân, que também aceitou contrair uma forma do vírus ebola no passado, diz que não aceitou o convite apenas por dinheiro, apesar de confessar que esse é seu maior interesse.
“É muito importante que tenhamos pesquisas médicas…algo como a febre tifoide em alguns países pode matar pessoas”, disse ela ao Newsbeat, programa de rádio da BBC.
Siân conta que, em nenhum momento, ficou com medo.
“Tive uma amigdalite muito grave (no passado) e precisei ser hospitalizada. Pelo menos com a febre tifoide eu pude comer e beber”.
Testes clínicos não são comuns no Reino Unido ─ experimentos como esses são realizados para testar novos tratamentos, mas poucos deles envolvem contrair doenças, como a febre tifoide.
O que é a febre tifoide?
A febre tifoide é uma infecção causada por uma bactéria chamada Salmonella typhi.
Trata-se de uma doença altamente contagiosa, sendo transmitida pelo contato com fezes e urina do doente.
A febre tifoide não é comum no Reino Unido, tampouco no Brasil.
Segundo o Ministério da Saúde, de 2000 a 2014, 117 pessoas morreram vítimas da doença.
Os sintomas incluem dor de estômago, dor de cabeça, febre alta e constipação ou diarreia.
Em casos não tratados, um quinto das pessoas vem à óbito, mas antibióticos costumam curar a doença em duas semanas.
Fonte: G1.com