A Fiat Toro, nova picape da marca, foi apresentada nesta segunda-feira (15), em Campinas (SP), depois de meses de campanha de antecipação, com poucas fotos oficiais reveladas e muitos flagras pelas estradas brasileiras.
Ainda em dezembro passado, a montadora prometeu que a Toro é o produto “mais sofisticado que a Fiat já produziu no mundo inteiro”, nas palavras de Marco Antônio Lage, diretor de comunicação.
É o segundo fruto da Fiat Chrysler (FCA) no Brasil – o primeiro foi o Jeep Renegade. Ambos saem da fábrica inaugurada no ano passado, em Goiana (PE), e dividem a arquitetura.
“Vamos pegar clientes de picapes medium size – talvez não aquele picapeiro de raiz, mas donos de sedan, SUVs e hatches médios”, afirmou Carlos Eugênio Dutra, diretor de produto da FCA.
Versões
A Toro será oferecida em quatro versões, além de uma série especial de lançamento, chamada de Opening Edition. Confira os preços de cada uma e alguns itens de série divulgados pela marca.
Freedom 1.8 flex automática de 6 marchas – R$ 76.500
Versão traz ar-condicionado, direção elétrica, vidros e travas elétricos, controles de tração e estabilidade e assistente de partida em rampas.
Opening Edition 1.8 flex automática de 6 marchas – R$ 84,4 mil
Série especial de lançamento, é baseada na Freedom, porém, equipada com todos os equipamentos opcionais A marca, porém, não divulgou quais são estes itens.
Freedom 2.0 diesel manual 4×2 – R$ 93,9 mil
Freedom 2.0 diesel manual 4×4 – R$ 101,9 mil
Volcano 2.0 diesel automática 9 marchas 4×4 – R$ 116,5 mil
Topo de linha tem central multimídia UConnect, com tela de 5 polegadas e câmera de ré.
SUV com caçamba?
Com a “alma” do Renegade, a Toro é uma mistura de picape com SUV, que a montadora batizou de Sport Utility Pick-up (SUP). Maior que a campeã de vendas Strada, a Toro é o segundo lançamento no Brasil com esse perfil: a Renault saiu na frente, com a Oroch, em outubro passado.
Nessa nova “subcategoria”, as duas montadoras prometem a dirigibilidade de carro “comum” para veículos maiores.
Mas o modelo da Fiat promete enfrentar a Oroch e outras concorrentes com uma vasta gama, que inclui três opções de câmbio, dois motores e duas trações.
Em 2016, a Fiat pretende emplacar 40 mil unidades da Toro. Nos primeiros 12 meses, a expectativa é vender 50 mil unidades.
Motores
Só uma, da Freedom, mais “barata”, tem motor flex: é o 1.8 do Renegade. Mas nada de câmbio manual para ela: a combinação é com câmbio automático de 6 marchas. Como a picape é mais pesada que o SUV, propulsor foi alterado e a potência subiu de 135 cv para 139 cv. De acordo com o diretor de produto, o motor ganhou nota “A” no Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular.
A Volcano traz motor 2.0 turbodiesel de 170 cv: ele pode ser combinado com câmbio manual de 6 marchas) ou com o automático de 6 ou 9 marchas. Duas configurações oferecem tração 4×4.
Mais espaço interno
Em tamanho, a Toro fica nesse nicho das picapes “quase médias”, ou seja, maiores que as compactas e menores que as médias, como a Chevrolet S10. São 4,91 metros de comprimento, 1,74 m de altura, 1,84 m de largura. Ela é maior que a Oroch (20 cm a mais de comprimento), mais larga (2 cm a mais) e mais alta (5 cm de diferença).
Mas o número que merece atenção é o da distância entre-eixos, que é considerado praticamente um sinônimo de espaço interno: são 2,99 m na Toro contra 2,83 m do modelo da Renault e os restritos 2,75 m da Strada cabine dupla. Apenas 9 cm a menos que o entre-eixos da S10 cabine dupla.
Tampa abre no meio
Outra diferença favorável é a capacidade de carga, de 820 litros: bem mais que os 683 l da Oroch e os 680 l da Strada. Com o extensor de caçamba, a Toro alcança 1.225 l.
Além de poder levar mais carga, a Toro também promete uma abertura da caçamba facilitada, por meio de uma porta que pode ser aberta em duas partes, para os lados.
A solução a tampa da caçamba lembra a de uma sucessora histórica da Toro, a Fiat City, picape compacta lançada no final dos anos 1970. Na época, a pequena tampa abria para o lado esquerdo.
No caso da Toro, além da abertura em duas folhas, também existe a possibilidade de funcionamento convencional, para baixo.
Fonte: g1.globo.com/