CASO JEHAN PAIVA: Após uma longa espera de quase 11 anos, familiares e amigos de Jehan Paiva, enfim, viram o clamor de justiça sendo cumprido com a condenação do médico veterinário Paulo Victor Sousa Gomes, em 12 anos de prisão, pela morte do jovem estudante.
Durante o julgamento, os advogados do réu argumentaram que ele agiu em legítima defesa sob grande emoção logo após uma suposta provocação injusta da vítima, mas o júri não julgou procedente.
Com base no veredito do júri, a juíza Nathália Bueno Arantes condenou o réu pelo crime de homicídio qualificado, conforme o artigo 121, §2º, inciso II, do Código Penal. Conforme a sentença, não foram encontradas circunstâncias agravantes, mas houve uma atenuante de confissão, que reduziu a pena.
A promotoria pretende recorrer da decisão e pedir um aumento da sentença, para que chegue aos 18 anos.
A decisão foi proferida nesta segunda-feira (25), durante sessão realizada no Fórum de Anápolis.
De acordo com informações apuradas pelo IU, o réu saiu do plenário preso e encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) da cidade para realização de exames de praxe e logo após encaminhado ao Presídio de Anápolis, onde cumprirá pena inicialmente em regime fechado.
A defesa do médico veterinário informou que vai recorrer à condenação.
ALÍVIO:
“É um alívio muito grande, depois de todos esses anos, ver esse homem saindo preso. Espero que a pena aumente, mas por enquanto, só alívio”, afirmou o Sr. José de Paiva, pai de Jehan.
RELEMBRE O CASO:
No dia em que foi morto, Jehan era o organizador de uma festa promovida pelos alunos do 8° período do curso de Odontologia da Unievangélica. O chopp acabou no meio da tarde e, quando voltou a ser servido, formou-se uma fila no balcão. Um rapaz, chamado Pedro, tentou furar a fila e isso irritou o réu, Paulo Victor, que o segurou pelo colarinho. Foi quando Jehan tentou apartar a confusão, mas foi atingido com um golpe de canivete no coração. Ele morreu 1h30 depois, no Hospital de Urgências de Anápolis (Huana).
Na época, Jehan Paulo José de Paiva tinha 21 anos e cursava o último ano de odontologia na UniEvangélica, em Anápolis.
O autor do crime chegou a ser preso, mas poucos dias depois foi colocado em liberdade onde permaneceu até a condenação que foi sentenciada hoje.