Um empresário de 42 anos foi preso após ser flagrado dirigindo em alta velocidade e fazendo ultrapassagens na BR-153, segundo a Polícia Rodoviária Federal.
Ao portal, a Polícia Civil confirmou a identidade do homem, que tinha um mandado de prisão em aberto por envolvimento na morte do cartorário Luiz Fernando Alves Chaves, que foi assassinado a tiros após ser sequestrado em casa, em Rubiataba, no Vale do São Patrício.
A prisão aconteceu em Porangatu, no norte de Goiás, na última quarta-feira (29). O portal não conseguiu localizar a defesa do homem que foi indiciado pela contratação dos executores do cartorário para um posicionamento até a última atualização desta reportagem.
Segundo a PRF, o homem seguia rumo a Palmas, no Tocantins, e foi parado pela corporação após cometer várias irregularidades de trânsito como, ultrapassagens sucessivas e excesso de velocidade.
A polícia ainda disse que, ao ser preso, o homem entregou dois documentos de identidade falsos, uma vez que ambos possuíam a mesma foto com nomes distintos.
Após a prisão, o homem foi encaminhado à delegacia de Porangatu. Ao portal, o delegado da cidade, Luciano Santos da Silva, informou que o caso segue com a delegacia de Rubiataba, cidade onde o cartorário foi assassinado.
O g1 entrou em contato com a Polícia Civil de Rubiataba e aguarda retorno.
Morte de cartorário
O cartorário foi morto no dia 28 de dezembro de 2021. Além da esposa e da irmã dela, outras pessoas foram presas, incluindo os supostos executores do crime.
Segundo as investigações, os executores tinham os controles dos portões da casa da vítima e chegaram a pé ao local. A esposa havia saído com os filhos do casal – gêmeos de 3 anos e um menino de 5 – para a igreja.
“A vítima estava estudando para um concurso. Os vizinhos o ouviram falando que não chamaria a polícia, mas que o preservasse por ser pai de três crianças. A mãe nunca ia à igreja e, justo naquele dia, inventou essa história para ter cobertura”, disse o delegado responsável pelas investigações, Marcos Adorno.
Também de acordo ele, os dois executores amarraram as mãos de Luiz Fernando com um enforca-gato e o amordaçaram com um pano.
Marcos disse que os vestígios apontam que um dos homens dirigiu a caminhonete do próprio cartorário para o local na zona rural onde o corpo foi encontrado, enquanto o outro foi responsável por matar a vítima a tiros. A caminhonete e a arma foram encontradas e apreendidas.
Segundo o delegado, na combinação entre os autores, o motorista receberia R$ 1 mil como pagamento e R$ 300 para combustível, enquanto o atirador ficaria com a caminhonete roubada durante o crime e mais R$ 5 mil.