Três pessoas foram presas suspeitas de extorsão, associação criminosa, estelionato eletrônico e difamação cometidos em Ceres, no Vale do São Patrício.
De acordo com o delegado Matheus Costa, mãe, filha e um amigo delas eram administradores de páginas de fofoca em uma rede social, divulgavam informações de moradores da cidade e cobravam para apagar.
“Eles publicavam conteúdo difamatório nas redes sociais, falando de determinado indivíduo. A vitima entrava em contato pra retirar a publicação e eles pediam dinheiro para retirar e contar quem tinha dito a fofoca a eles”, explicou o delegado.
Por não terem as identidades divulgadas, o IU não conseguiu localizar a defesa dos suspeitos até a última atualização desta reportagem.
As prisões aconteceram na última segunda-feira (15) em Goiânia e Aparecida de Goiânia, onde os suspeitos moram. O delegado explicou que as denúncias começaram a chegar há cerca de quatro meses em Ceres, porque eles são naturais da cidade. 10 vítimas já denunciaram à polícia e contaram que os suspeitos cobravam entre R$ 200 e R$ 1 mil.
Na rede social, as três páginas juntas ultrapassam 56 mil seguidores. O delegado Matheus Costa informou que foram solicitadas à Justiça a derrubada dos perfis em até 24 horas.
“A gente via que os seguidores curtiam essas páginas e alertamos que a população não siga esse tipo de página. Só causa transtorno da vida nas pessoas. Hoje ela pode estar rindo, mas amanhã ela pode ser a vítima. Quem está difamando e propagando estas informações está cometendo um crime”, alertou o delegado.
A investigação mostrou também que uma adolescente, que é companheira de uma das suspeitas, participava dos crimes, também é investigada, mas ainda não foi apreendida.
O delegado informou também que os suspeitos chegaram também a hackear páginas de bares e restaurantes da cidade e pedir dinheiro para devolver os perfis.
Conforme divulgado pela polícia, os três suspeitos estão presos na Casa de Prisão Provisória de Aparecida, mas devem ser encaminhados aos presídios de Barro Alto (as mulheres) e Ceres (o homem). Se condenados, eles podem pegar mais de 15 anos de prisão.