Um casal foi preso por usar foto de um bebê desconhecido para pedir dinheiro nas redes sociais, em Anápolis, a 186 km de Itapaci. De acordo com a Polícia Militar, os suspeito chegaram a pedir para o próprio filho de 10 anos gravar vídeos se passando pelo irmão do bebê. Eles confessaram à corporação que desconheciam o bebê e que haviam usado fotos da internet.
À Polícia Civil, os dois disseram que “estavam fazendo isso a pedido de um outro indivíduo e que ganhavam apenas uma parte do valor”.
Uma das vítimas dos suspeitos é o motorista Bruno Quintanheiro, que mora nos Estados Unidos, ficou sabendo da campanha e chegou a transferir mais de R$ 3 mil. Ele contou que viu o falso pedido de ajuda em um grupo nas redes sociais.
“Ele sempre se passou como ajudante dessa família que teria vindo do interior de Minas Gerais e que era muito humilde. Ele dizia que a família não sabia nem mexer em contas de banco, telefone. Então, ele começou a pedir ajuda para a cirurgia desse bebê”, contou.
O motorista começou a desconfiar do casal quando passou a reparar as receitas médicas e comprovantes de hospitais que recebia dos suspeitos. Segundo ele, os dados não batiam com as histórias contadas pela dupla. A vítima disse ainda que chegou a receber um vídeo do filho do casal se passando pelo irmão do bebê.
“Boa noite. Eu sou irmão do Miguel. Ele passou muita dor hoje e foi para o hospital. Foi ele, minha mãe e meu pai. Ele vai ficar para fazer o exame e a cirurgia já”, disse a criança no vídeo.
Mesmo estando nos Estados Unidos, Bruno conseguiu denunciar o caso à polícia de Goiás. Ele contou ainda que ficou muito chateado com a situação.
“Me revoltou muito pela mentira, por ele estar usando a imagem de uma criança que ele talvez nunca viu na vida e por estar ensinando ao filho dele esses caminhos errados”, contou o motorista.
O casal foi preso pela Polícia Militar e levado à Central de Flagrantes, mas foi liberado em seguida por não ter tido situação de flagrante. No entanto, o delegado Renato Rodrigues disse que está instaurando um inquérito e que os suspeitos podem responder por estelionato e corrupção de menores.