O Estado de Goiás tem o valor do litro de etanol mais caro dos últimos 12 anos. O preço do biocombustível está saindo da indústria a R$ 2,91 e chega ao consumidor final a uma média de R$ 4,71 por litro. O estado está no período de safra de cana de açúcar, mas as altas históricas no valor do combustível ocorrem no período de entressafra. Ou seja: o preço na bomba deve aumentar ainda mais.
De acordo com o presidente do Sindicato da Indústria de Fabricação de Etanol de Goiás (Sifaeg), André Rocha, a moagem da cana está acelerada e muitas usinas terão que parar a produção no mês de outubro se a demanda pelo biocombustível continuar alta. Pode faltar o produto ou ocorrer a elevação de preço nas bombas.
“Nós temos uma quantidade de estoque disponível para um determinado consumo mensal. Se esse consumo se eleva, podemos ter a falta do produto. Para que não falte o biocombustível, o equilíbrio é feito com a elevação dos preços. É a lei da oferta e da procura”, explica André.
André afirma ainda que a série histórica de elevação dos preços do etanol não considera a inflação e a alta nos custos de produção que o biocombustível tem enfrentado recentemente. Ainda segundo o presidente do sindicato, o clima de seca prolongada e três geadas também impactou na produção desta safra.
Goiás é o segundo maior produtor de cana do Brasil. De acordo com estimativa da Federação de Agricultura de Goiás (Faeg), o estado deve produzir 4,7 bilhões de litros do biocombustível. Deste total, 30% é distribuído em Goiás e o restante ajuda no abastecimento de outros estados.
Os preços do litro de etanol praticado nas bombas do estado de Goiás estão acima dos valores aplicados em São Paulo, Mato Grosso, Paraná e Mato Grosso do Sul. (Informações do Mais Goiás)