A Polícia Civil investiga os pais da bebê de seis meses que foi levada a um hospital com mais de 30 lesões no corpo, em Anápolis, a 186 km de Itapaci. Segundo a delegada responsável pelo caso, Kênia Duarte, um exame de corpo de delito, que pretende apontar o que causou os ferimentos, deverá ser feito nos próximos dias. A menina está internada em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital em Goiânia.
“Nós pretendemos esclarecer se essas lesões foram causadas intencionalmente ou por descuido e de que forma ocorreram. As pessoas envolvidas devem ser ouvidas nos próximos dias, a fim de verificar se há coerência ou contradições”, afirmou.
O caso foi registrado na noite da última segunda-feira (10), quando a bebê foi atendida na Unidade de Pronto Atendimento Pediátrico, em Anápolis. Na local, após perceber pelo menos 30 hematomas aparentes pelo corpo da menina, a médica suspeitou que a criança fosse vítima de maus-tratos e acionou as autoridades.
Segundo a enfermeira chefe da unidade, Wanessa Gusmão, a bebê já chegou ao local com dificuldade para respirar.
“Ela não estava respondendo aos comandos solicitados pela equipe. Tínhamos de fazer avaliações neurológica, motora e respiratória, mas ela não respondia”, explicou.
Segundo a mãe da bebê informou ao Conselho Tutelar e à Polícia Militar, o pai estava com a criança no colo quando percebeu que ela não estava bem. O homem chegou a ser levado à delegacia, informou à polícia que não sabia o motivo dos hematomas e foi liberado.
“A mãe disse que o bebê estava ‘molinho’ no colo do pai e acionou o Corpo de Bombeiros, que levou a criança ao hospital. A mãe foi junto acompanhando”, disse o conselheiro tutelar Miqueias Duarte.
Após o atendimento inicial, a criança foi transferida para o Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), em Goiânia, onde segue internada. Segundo o último boletim divulgado pela unidade, às 10h24 desta quarta-feira (12), o estado de saúde da bebê é grave e ela respira com ajuda de aparelhos.
Miqueias disse ainda que o Conselho Tutelar aguarda um parecer da Polícia Civil informando se o caso tem relação com maus-tratos. Por enquanto, a criança segue acompanhada pela mãe, no hospital. Ainda conforme o conselheiro, não havia nenhuma denúncia anterior relacionada aos pais do bebê junto ao órgão.
“Se a investigação constata que os pais são esses agressores, aí é um perigo para a criança. Aí a gente precisa estar a par dos outros familiares, para saber se eles tinham noção de alguma agressão já praticada anteriormente”, afirmou. (Com infomações do G1/Goiás)