O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), responsável pela BR-153, informou, em nota, que o trecho do KM 304 até o KM 444, da rodovia, que liga os municípios de Anápolis até Rialma se encontram sem contrato ativo de manutenção e conservação. O departamento pontuou ainda que fez uma licitação para os serviços de recuperação da pista e que a previsão é que a empresa inicie os trabalhos somente na segunda quinzena de janeiro.
O Dnit explicou que a antiga administradora da pista, a Concessionária de Rodovias Galvão, abandonou o processo licitatório que venceu e foi necessário realizar novo leilão. “Comunicamos que a empresa já foi acionada judicialmente e está sendo penalizada por ocasionar tamanho prejuízo e insegurança ao usuário que transita pela via”, frisou no comunicado.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) afirma que todos os acidentes em consequência dos buracos na rodovia são relatados ao Dnit. Um dos agentes da unidade operacional de Jaraguá conta que, todos os dias, vários atendimentos são feitos para socorrer carros estragados e/ou acidentes em razão dos buracos. “À noite ainda é pior. A gente sempre sai de madrugada, porque sempre tem alguém com o carro estragado no meio do nada, sem sinal de celular”, conta o agente.
O lastimável estado de conservação da BR-153, entre Anápolis e Jaraguá, simboliza o peso da falta de infraestrutura no Brasil. Ali, carros com pneu furado passaram a compor a paisagem, como relatado em reportagem na edição de ontem. Mas esse não é o principal problema. As crateras obrigam os motoristas a fazerem manobras bruscas, o que põe em risco não apenas o patrimônio, mas a vida de quem por lá trafega.
É lamentável que, em pleno fluxo das festas de final de ano, o contribuinte tenha de encarar uma estrada naquelas condições. Fica patente que, nesse caso, o poder público agiu com a mesma lentidão que os motoristas são obrigados a manter ao cruzar aquele trecho da BR-153.