Um garoto de 10 anos morreu com H1N1 em Silvânia, a 265 quilômetros de Itapaci. A vítima estava internada no Hospital de Urgências da Região Sudoeste (Hurso), em Santa Helena de Goiás, e morreu no último dia 19.
Com essa, sobe para 26 o número de óbitos causados pelo vírus em Goiás, mas que ainda não entrou no boletim apresentado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES), já que os dados são até o dia 16 de abril.
Segundo o secretário municipal de Saúde, André Calaça, a confirmação da morte do garoto se deu pelo Laboratório de Saúde Pública Dr. Giovani Cysneiros (LACEN GO), responsável pela análise de material encaminhado pela secretaria. André também falou sobre as ações diante do caso. “Todas as medidas já foram tomadas, nós seguiremos o padrão normal da campanha de imunização”, disse.
Apesar da morte da criança, a prefeitura municipal divulgou o balanço sobre a campanha de vacinação na cidade, que teve início no último dia 13. Conforme aponta, 4 mil pessoas que fazem parte do grupo prioritário já foram imunizadas.
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Silvânia também destacou que todos os profissionais da pasta e mulheres pós-parto foram vacinadas, assim como 50% dos professores e 55% das crianças, 74% dos idosos e 46% das gestantes.
Na próxima semana a secretaria estadual de Saúde deve encaminhar uma nova remessa da vacina para Silvânia, André reforça que a campanha de vacinação segue normalmente. “Não há motivo para pânico. As estratégias de saúde da família e os profissionais da Saúde estão preparados para o atendimento de todos”.
Entenda o caso
A criança recebeu tratamento no hospital de Silvânia na terça à noite (17) e passou por exames na quarta-feira (18). “Ele foi internado no hospital com sintomas de febre, infecção de garganta, tosse e falta de ar.” Disse o médico Geraldo Santana.
Ainda segundo o profissional, os exames apresentaram uma alteração significativa o que constituía um quadro infeccioso grave. Na quarta, o hospital pediu uma vaga de Unidade de Terapia Intensiva às centrais de regulação (responsáveis por administrar os leitos de internação) de Goiânia e em Aparecida de Goiânia, mas só conseguiu por volta de meia noite do mesmo dia, no Hurso (hospital de urgências da região sudeste).
“Aparecida não tem vaga de UTI para criança em isolamento, então a gente fez o pedido pra Goiânia. A gente fez uma mobilização muito grande pra conseguir essa vaga, porque já tinha essa suspeita”, explicou o diretor em entrevista à rádio Rio Vermelho.
Infelizmente, por volta das 10h de quarta (18), o menino não resistiu e acabou vindo a óbito. A causa da morte não foi esclarecida, e uma amostra de sangue da criança foi encaminhado para o Lacem – Laboratório Central de Goiânia que realizou análise laboratorial, confirmando nesta quarta (25) que a criança morreu vítima de uma síndrome respiratória, causada pelo vírus da gripe H1N1. (Com informações de Rafael Cintra, do Blog Dário Bonfim)