A CTB (Central dos trabalhadores) e a CPT(Comissão pastoral da Terra) exigem a imediata libertação de Lazaro Pereira da Luz e de outros dois presos acusados de liderar invasões violentas de terras em Goiás, as duas organizações afirmam que vão apelar para a ONU.
Lazaro que é lider do MST de Itapaci foi o terceiro acusado a ser preso no estado de Goiás suspeito de crimes associados à invasões violentas de terras. A CTB alega que “A atitude dos três juízes, de cidades do interior de Goiás, é um profundo desrespeito ao Estado Democrático de Direito, ao direito de livre organização e aos direitos humanos”.
Paulo César Moreira, da coordenação nacional da Comissão Pastoral da Terra (CPT) criticou as ações da Segurança Pública e Justiça em Goiás: “Goiás tem sido um forte centro de repressão, tendo como foco os sem-terra, e está sendo um laboratório para o país porque tem algumas táticas usadas aqui que estão sendo copiadas em outros lugares, como no Pará, por exemplo”.
Segundo o advogado do MST Allan Hahnemann Ferreira, o movimento está aguardando o resultado do pedido de revogação de prisão preventiva do agricultor Luiz Batista Borges e do geógrafo Valdir Misnerovicz. A violência no campo tem registrado um aumento no Brasil. Segundo dados da Comissão Pastoral da Terra (CPT), o ano de 2015 teve, ao todo, 50 casos de assassinatos, o maior número desde 2004.
Embora em Goiás não tenha ocorrido nenhuma morte, a situação do Centro-Oeste é considerada delicada. A região teve um aumento de 29% no número de conflitos de terra no comparativo entre 2014 e 2015. Além disso, o número de pessoas envolvidas saltou de 77.982 para 147.015. Um crescimento de 89% no período. O estado de Goiás, por exemplo, quase dobrou o número de conflitos registrados, que passou de 21 para 39, 86% a mais.