Na manhã desta quarta-feira (02/03), o serial killer Tiago Henrique Gomes da Rocha, 28, voltou ao banco dos réus, no 1º Tribunal do Júri de Goiânia.
Após decisão do júri popular, ele foi condenado a 20 anos de prisão pelo assassinato da jovem de Itapaci que residia em Goiânia, Juliana Neubia Dias, 22 anos, assassinada em julho de 2014. A pena será cumprida na Penitenciária Odenir Guimarães, em Aparecida de Goiânia.
O júri popular acatou a tese apresentada pelo promotor de Justiça Maurício Gonçalves de Camargos, de que o vigilante cometeu homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe (que contraria ou fere os bons costumes, a decência, a moral) e com recurso que impossibilitou a defesa da vítima.
Esse foi o segundo júri popular enfrentado por Tiago Henrique, no último dia 16 ele foi condenado a 20 anos de prisão pela morte da estudante Ana Karla Lemes da Silva, de 15 anos.
O Crime:
Juliana foi morta em julho de 2014 com dois tiros no pescoço e no tórax, quando estava no carro com o namorado, os dois estavam parados num semáforo, no setor Oeste, em Goiânia. Tiago Rocha se aproximou em uma moto e efetuou os disparos.
Segundo a família, o crime ocorreu quando a jovem, o namorado e um amiga estavam indo a um bar do Setor Marista para comemorar o aniversário de Juliana, que tinha sido há dois dias.
Saudade:
A mãe e a irmã de Juliana, que moram em Itapaci, estiveram presentes no Fórum para assistir ao julgamento de Tiago Henrique. Muito abalada, a dona de casa Nilta Maria de Jesus, de 57 anos, se limitou a dizer que a “saudade é demais” da filha.
A irmã mais velha de Juliana, Mirian Aparecida Guiar Silva, de 26 anos, conta que todos sentem muita falta da jovem. Ela destacou que, apesar da condenação, “nada vai trazê-la de volta”. Mirian considera injusto o fato de Tiago ficar apenas 30 anos detido, o máximo de anos que permite a justiça brasileira.
“Nem parece que é justiça, porque não vai ficar preso o tempo que deveria ficar. Ele tinha que ficar preso até o fim da vida, mas não vai. É revoltante”, lamentou a jovem.
Namorado de Juliana na época do homicídio, o comerciante Mauro Stone, de 28 anos, também compareceu ao julgamento. Ele foi a única testemunha a depor, pois estava no momento do crime.
O comerciante declarou que só guarda boas lembranças da jovem. “Ela era uma pessoa muito carinhosa, responsável no serviço, nos estudos. Pessoa com integridade, com um caráter indiscutível”, declarou.
Fonte: G1.com/goiás