Ex-prefeito de Santa Terezinha de Goiás é indiciado por mandar executar funcionário que teria matado amante dele

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Antônio da Penha Machado Camargo, ex-prefeito de Santa Terezinha de Goiás — Foto: Reprodução

O ex-prefeito de Santa Terezinha de Goiás, Antônio da Penha Machado Camargo foi indiciado por mandar executar um funcionário que teria matado a amante do político a mando dele. De acordo com a polícia, o homem o chantageava para não contar sobre o assassinato da mulher.

Em nota, a defesa do político informou que a prisão preventiva “foi injusta, já que não considerou a situação de vulnerabilidade de saúde do mesmo, pessoa idosa, com graves problemas de saúde, bem como, a desnecessidade da sua prisão nesse momento”. Disse ainda que confia na inocência dele (veja na íntegra ao final do texto).

O inquérito foi concluído na última terça-feira (28). De acordo com a Polícia Civil, ele vai responder pelos crime de homicídio triplamente qualificado. Além dele, outras cinco pessoas também foram responsabilizadas pelo crime, conforme a polícia.

De acordo com o delegado Altair Gonçalves, responsável pelas investigações, o ex-prefeito pagou R$ 10 mil para a execução do crime. Ele foi detido preventivamente, na quarta-feira (29), e seguia preso até a tarde desta quinta-feira (30).

Tanto ele, quanto o seu motorista foram presos. Os demais envolvidos se encontram foragidos”, disse o delegado.

O delegado explicou que, dos quatro foragidos, dois foram identificados como sendo os executores do crime e outros dois como os ajudantes. Durante as investigações, duas mulheres chegaram a ser presas, mas, conforme o delegado, elas não foram indiciadas porque não houve a comprovação da participação de ambas no crime.

Motivação do crime
De acordo com a Polícia Civil, o político, conhecido como Tonim Camargo, teve um caso com uma mulher que passou a dizer que tinha um filho com ele e extorquir dinheiro. Ele, então, teria contratado um funcionário que prestava diversos tipos de serviço a ele, Wender Luiz de Aguiar, de 39 anos, para que a matasse.

Porém, após a morte da mulher, Wender teria chantageado o ex-prefeito, cobrando dinheiro para não denunciar o crime. Diante da situação, Tonim Camargo encomendou a morte do funcionário também.

No dia 8 de março, duas pessoas vestidas como agentes de saúde entraram na casa da vítima com um caderno escrito o nome da vítima. A dupla pediu para que Wender mostrasse onde ficava a fossa. Após conversarem com as pessoas que estavam na casa, os dois criminosos atiraram contra a vítima e fugiram.

Tonim Camargo foi prefeito da cidade entre 1989 e 1992. Depois foi vereador entre 1993 e 2007. Em 2017, foi vice-prefeito da cidade.

Na casa do ex-prefeito foram encontradas seis armas de fogo, entre espingardas, pistolas e revólveres. Só uma delas tinha o registro válido. Além do homicídio, ele responderá por posse de arma de uso permitido e de uso restrito.

O que diz a defesa do político
Essa Defesa Técnica entende que a decisão que decretou ontem a prisão preventiva do ex prefeito de Santa Terezinha foi injusta , já que não considerou a situação de vulnerabilidade de saúde do mesmo, pessoa idosa, com graves problemas de saúde, bem como, a desnecessidade da sua prisão nesse momento.

Sobre o mérito da acusação essa defesa irá analisar todas as provas levantadas pela investigação e posteriormente irá se pronunciar. Entretanto, desde já, confiamos na inocência do nosso cliente, que o mesmo não está envolvido em nenhum tipo de ilícito.

Ressalte-se que a vítima de homicídio era pessoa com diversas passagens pela polícia, já havia sido preso e tinha vários inimigos em diversas cidades do Estado de Goiás.

Sobre a mulher mencionada na reportagem essa defesa sustenta que não existem provas, até então juntadas nos autos, de que a mesma foi vítima de homicídio, sendo que , existem pessoas da região que afirmam que ela está sim viva.

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