Polícia acaba com mutirão oftalmológico ilegal em Uruaçu; falso médico oftalmologista é preso

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Polícia acaba com mutirão oftalmológico ilegal em Uruaçu; mãe e filho são autuados (Foto: divulgação/PC)

A Polícia Civil (PC) fechou um mutirão oftalmológico ilegal em Uruaçu, a 74 quilômetros de Itapaci, na tarde do último sábado (27). Segundo a corporação, mãe e filho foram atuados por exercerem à profissão sem qualquer registro. As investigações apontam que um vereador estaria custeando o evento.

Segundo o delegado Peterson Amin, a corporação teve conhecimento do evento através de uma denúncia anônima. O mutirão estava acontecendo em um escola da cidade. No local, os agentes encontraram o homem, que não teve idade revelada, receitando os óculos para os interessados. Segundo a PC, cerca de 80 relatórios foram confeccionadas por ele.

“Ele não era um profissional habilitado para realizar atendimento. Não tinha formação para receitar esses óculos. Ele relatou para gente que queria fazer o seu nome na cidade, pois, um dia, pensa em se formar na área”, conta.

Peterson aponta que a dinâmica de atendimento após a retirada da receita era adquirir os óculos. Segundo o delegado, a mulher, que é mãe do falso oftalmologista, tinha uma ótica na cidade e estava realizando a venda casada dos produtos. “A gente notou que ela ofereceria as armações de graça e vendia as lentes por valores de R$ 400 a R$ 450. O valor é um pouco mais barato do que em algumas óticas, mas pela forma que acontecia, ele ainda está saindo caro para os consumidores”, relata.

Óculos eram vendidos durante o mutirão (Foto: divulgação/PC)

A corporação apreendeu todo o material utilizado pelo homem durante os atendimentos. O delegado aponta que a situação já havia acontecendo por cerca de três meses e que os suspeitos agiam em outras cidades da região. As investigações, segundo Peterson, apontam que o mutirão era custeado por um vereador. Agora, a corporação tenta identificá-lo e pretende colher o depoimento dele ainda nesta semana.

Mãe e filho foram encaminhados à delegacia. O filho foi atuado por exercício ilegal da profissão e a mãe como auxiliar. Eles assinaram um Termo de Compromisso de Comparecimento ao Fórum e foram liberados.

 

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