MP-Eleitoral aciona prefeito reeleito de Nova Glória por suposta compra de votos

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O Ministério Público Eleitoral ajuizou representação contra o prefeito reeleito de Nova Glória, Carlos Luiz de Oliveira, o Carlinho (PP), e do vice-prefeito, Wellington de Souza Spineli, por suposta captação ilícita de sufrágio, popularmente conhecido como compra de votos. O secretário de administração do município, Aridelson Neto, também é alvo da ação.

Segundo a denúncia, o Carlinho teria doado informalmente um imóvel, localizado no Setor Glória dos Marinhos II, para Altamar Vargas dos Santos, conhecido como Procópio. Ainda de acordo com o Ministério Público, a doação teria em vista “obter apoio político nas eleições para a prefeitura de 2020”.

O IU tentou contato com a prefeitura de Nova Glória, mas não conseguiu resposta até o fechamento da matéria. O espaço está aberto para a livre manifestação.

Doação informal
A doação, no entanto, segundo as investigações, não seria formalizada em 2020, já que configura conduta vedada prevista na legislação eleitoral. Através de informações coletadas junto ao departamento de coletoria de impostos do município de Nova Glória, que fica a cerca de 200 quilômetros de Goiânia, foi possível inferir que houve o cadastro em nome de Altamar.

Além disso, o Ministério Público ainda constatou que Altamar ainda realizara pagamento de IPTU no valor de R$84,18 referente àquele imóvel.

O acusado chegou a prestar depoimento no dia 21 de outubro. O Ministério Público constatou que, no dia anterior, houve alteração no sistema do Diretora do Departamento de Arrecadação com inativação. Essa inativação teria sido a do Secretário de Administração do Município, Aridelson Neto Carneiro.

“Tem-se aí fato indiciário de tentativa de alteração de vestígios e de elementos probatórios da prática da doação irregular, com a combinação prévia das declarações a serem prestadas na sede desta Promotoria de Justiça pelo Sr. Altamar Vargas dos Santos”, apontou o Ministério Público

Defesa
Durante o depoimento ao Ministério Público, Altamar Vargas dos Santos declarou que o lote não fora doado a ele pelo Município. Ele argumentou que somente lhe foi autorizado armazenar alguns materiais de construção por um período temporário.

No dia seguinte, o secretário de Administração foi ouvido pelo Ministério Público e corroborou as afirmações de Altamar. O Município de Nova Glória consta como proprietário do imóvel sob investigação no cartório de Registro de Imóveis da cidade.

No entanto, o Ministério Público contesta as informações com os indícios levantados como o pagamento do IPTU e alteração no registro na coletoria de impostos. (Com informações do Mais Goiás)

 

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