Marconi Perillo é condenado por caixa 2 na campanha eleitoral de 2006

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O ex-governador Marconi Perillo (PSDB) foi condenado por usar caixa 2 na campanha eleitoral de 2006. A sentença proferida em 1ª instância pelo juiz eleitoral Wilson da Silva Dias, da 133ª Zona Eleitoral, determinou que o político preste serviços comunitários e pague o valor de R$ 18 mil. O tucano foi absolvido dos crimes de peculato, associação criminosa e fraude processual. Decisão cabe recurso.

A pena inicial de Perillo era de 1 ano e 8 meses de prisão em regime aberto. No entanto, houve substituição e o político terá de prestar serviços comunitários durante 1h por dia pelo prazo da condenação. Ele também terá de pagar R$ 14 mil e R$ 4,2 mil de multa.

Conforme consta na denúncia oferecida pelo Ministério Público Eleitoral, o político teria utilizado servidores públicos no horário de expediente para fins particulares. Além disso, o órgão diz que o tucano usou aviões da Polícia Militar e do hangar do Estado, bem como o uso indevido de serviço de co-piloto na campanha, com dinheiro do Governo.

Com relação às notas fiscais frias e recursos não contabilizados, o juiz Wilson da Silva disse que “não há dúvida de que ocorreu o famigerado crime de caixa 2 na campanha do acusado Marconi Perillo, com a participação direta de outras diversas pessoas, vez que, pelos seus atos, existiam valores que ingressavam na contabilidade da campanha eleitoral de 2006, mas várias outras ocorriam por fora, sem declaração na prestação de contas, o que, por si só, atrai a figura do tipo insculpido no art. 350 do Código Eleitoral”, escreveu.

O juiz alegou que faltaram provas dos crimes de peculato, associação criminosa e fraude processual. As investigações contra o ex-governador são as mesmas que resultaram na condenação do agora deputado federal Alcides Rodrigues a 10 anos e 10 meses de prisão em regime fechado em maio de 2019.

Defesa
Em nota, a defesa do ex-governador, composta pelos advogados Luís Alexandre Rassi e Romero Ferraz Filho, afirma ter se surpreendido com a condenação. Veja a íntegra:

“A defesa do ex-Governador Marconi Perillo se surpreendeu, absolutamente, com a absurda sentença eleitoral. Esperava a sua absolvição, e assim vai buscar nas instâncias superiores, pois desconsiderou todas as provas de sua inocência.

Nas eleições de 2006, o ex-Governador foi eleito no primeiro turno ao Senado Federal, cujas contas foram aprovadas pelo TRE-GO. Os fatos desse processo, que foi proferida sentença, são em relação ao segundo turno das eleições de 2006, do qual Marconi não participou”.

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