Inep divulga notas do Enem: saiba como calcular e onde usar

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O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulga, nesta sexta-feira (17/01/), as notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Mais de 4 milhões de pessoas realizaram o último exame e, agora, poderão usar o resultado para escolher uma instituição de ensino superior brasileira ou de outros países.

Mesmo sabendo o número de acertos com o gabarito oficial, o que define a nota de cada um é a Teoria de Resposta ao Item, também conhecida como TRI. “Ainda que duas pessoas tenham acertado o mesmo número de questões, as notas possivelmente serão diferentes. Por isso, só com a divulgação final é possível saber ao certo qual foi o resultado”, diz Vinícius Freaza, Diretor de Inovação Pedagógica da Evolucional.

A TRI tem como base o item, não a totalidade da prova. Ou seja, acertar 50% dos itens em uma avaliação não significa que a proficiência do aluno é igual a 50%, tudo depende de quais foram as questões respondidas. A TRI ainda leva em conta a possibilidade de o candidato ter “chutado” algumas das alternativas, com um conceito chamado de coerência pedagógica.

Freaza explica que “quando um aluno erra as questões consideradas mais fáceis e acerta as mais difíceis, não há coerência no comportamento e é possível supor que os acertos foram casuais, ou chutes”.

“Esses acertos também contribuirão para o incremento da nota final do participante, mas em menor medida do que se ele apresentasse coerência pedagógica, acertando em maior quantidade as questões mais fáceis em relação à quantidade de acertos das questões mais difíceis”, diz o especialista.

Onde usar a nota?
Com a nota em mãos, é possível utilizar o Enem em universidades brasileiras públicas ou privadas e, até mesmo, em outros países. De acordo com a Universidade do Intercâmbio, empresa especializada em mentorias para pessoas que querem estudar no exterior, Portugal é um dos destinos com maior chance para os brasileiros.

Por lá, são 42 universidades que aceitam a nota do Enem. “O idioma é um facilitador para estudar em Portugal, já que falamos a mesma língua e, portanto, não há exigência de proficiência, como acontece em universidades inglesas e norte-americanas”, ressalta Matheus Tomoto, Fundador da Universidade do Intercâmbio.

Tomoto ainda conta que a maior parte das instituições de ensino superior portuguesas substitui as provas de ingresso pelos resultados obtidos no Enem. Em Portugal, a escala classificatória utilizada pela maior parte das universidades vai de 0 a 200 pontos. No Enem, a escala é muito maior, vai de 0 a 1.000. “Em algumas instituições, com 500 ou 600 pontos já é possível ser aprovado”, explica o especialista.

Para os que vão estudar no Brasil, o CEO da Really Experience, Édney Quaresma, lembra que o Enem é o método para ingresso em inúmeras faculdades públicas, por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). “Além disso, para concorrer ao Prouni, que oferece bolsas em instituições particulares, é preciso ter alcançado mais de 450 pontos na prova e não ter zerado na redação”, explica.

As universidades privadas também oferecem vantagens para quem teve um bom desempenho. Muitas delas eliminam a necessidade de realizar o vestibular, aproveitando apenas a nota do Enem. De acordo com ele, as particulares chegam a oferecer média de 20% de desconto nos cursos presenciais e de até 30% no EAD para alunos que vêm do Enem.

“Esse é o grande momento para as universidades particulares. Cerca de 65% das matrículas são feitas nesse período da divulgação da nota do Enem até o início das aulas”, finalizou. (As informações são do portal Metrópoles)

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